quarta-feira, 16 de maio de 2012

Os dias passando

Os primeiros meses não foram tão difíceis, mas eu sabia que faltava algo, mas eu me contentava.
Com ajuda dos meus pais e dos irmão, eu ia me distraindo, na hora de cada banho, nas trocas de fraldas fui esquecendo que ainda me faltava algo, o Erick me trouxe muitas felicidades.


Felicidade


Erick Alexandre (Bubu) veio ao mundo no dia 20/11/2011 às 6:40, com 3500kg e um choro lindo.

Veio ao mundo trazendo alegrias e felicidades, não poderia ser em momento melhor, como já falei em outro post, teoricamente eu não estava sozinha, mas pra suprir todo sentimento de solidão.
ter uma gravidez sozinha, não é facil, mas naquele momento Deus estava cumprindo em mim o que Ele tinha planejado, me tirando da solidão e me entregando apenas a metade de uma felicidade.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Durante a gestação solo eu senti momentos de intensa solidão. Eu pensava como poderia estar tão só se, naquele momento, teoricamente, era o que eu estava mais acompanhada, pois carregava um serzinho dentro de mim. Desde que o exame tinha dado positivo parecia que aquele sentimento batia mais forte à minha porta. “Ou será que o fato de sentir por dois torna tudo mais aparente? Não sei. A verdade é que as alegrias são mais felizes e as dores são rascantes”, eu pensava.

A solidão de uma mãe solteira é mais aparente porque enquanto as outras estão com seus companheiros na sala de espera do obstetra ou no aguardo para fazer exames, nós passamos estas fases e outras tantas que culturalmente deveriam ser compartilhadas sozinhas. Nestes momentos, eu realizava um tetê-a-tetê mental com meu bebê para diminuir a sensação de abandono.
Outra armadilha para driblar esse sentimento era abrir as caixas onde guardava o enxoval, ficava mexendo nas roupinhas, revia as ultras e sonhava com meu bebê. Se ela mexia, sentia tudo o que eu sentia, se alimentava de tudo que eu comia e absorvia o O2 que eu respirava, então eu era, naquele momento, a pessoa mais importante para alguém, ou melhor, eu era capaz de gerar vida. Eu já não estava sozinha!

Sim, eu sentia falta de alguém para conversar, senti muito a falta de amigos, sintia muita falta de ir a igreja, congregar, mas a vergonha de me levar era mais forte – enjoada e com um barrigão de melancia – eu era o motivo de vergona e humilhações – devo ser má influência ou não devem saber em que lugar da mesa pôr a solteira de barrigão com pai de nome não revelado. Não, infelizmente não é o Mick Jagger. É porque ele não ama o filho, ele apenas tem um pouco de conciencia e se for para analiar bem, não tem onde cair morto e ainda me deu um pé na bunda após sentir na pele o peso de ser pai ou seja o valor em R$eal o peso do bolso. UM CARRO, UMA POSIÇÃO SOCIAL É MAIS IMPORTANTE QUE UM FILHO????

sábado, 3 de dezembro de 2011

O peso que a gente leva...

Olho ao meu redor e descubro que as coisas que quero levar não podem ser levadas.
Excedem aos tamanhos permitidos.
Já imaginou chegar ao aeroporto carregando o colchão para ser despachado?
As perguntas são muitas... E se eu tiver vontade de ouvir aquela música?
E o filme que costumo ver de vez em quando, como se fosse a primeira vez?
Desisto. Jogo o que posso no espaço delimitado para minha partida e vou.
Vez em quando me recordo de alguma coisa esquecida, ou então, inevitavelmente concluo que mais
da metade do que levei não me serviu pra nada.
É nessa hora que descubro que partir é experiência inevitável de sofrer ausências.
E nisso mora o encanto da viagem.
Viajar é descobrir o mundo que não temos.
É o tempo de sofrer a ausência que nos ajuda a mensurar o valor do mundo que nos pertence.
E então descobrimos o motivo que levou o poeta cantar:
“Bom é partir. Bom mesmo é poder voltar!
” Ele tinha razão.
A partida nos abre os olhos para o que deixamos. A distância nos permite mensurar os espaços deixados.
Por isso, partidas e chegadas são instrumentos que nos indicam quem somos, o que amamos e o que é essencial para que a gente continue sendo.
Ao ver o mundo que não é meu, eu me reencontro com desejo de amar ainda mais o meu território.
conseqüência natural que faz o coração querer voltar ao ponto inicial, ao lugar onde tudo começou.
Vida e viagens seguem as mesmas regras. Os excessos nos pesam e nos retiram a vontade de viver.
Por isso é tão necessário partir. Sair na direção das realidades que nos ausentam.
Lugares e pessoas que não pertencem ao contexto de nossas lamúrias... 
Ver o sofrimento de perto, tocar na ferida que não dói na nossa carne, mas que de alguma maneira pode nos humanizar.
Andar na direção do outro é também fazer uma viagem.
Mas não leve muita coisa. Não tenha medo das ausências que sentirá.
Ao adentrar o território alheio, quem sabe assim os seus olhos se abram para enxergar de um jeito novo o território que é seu. Não leve os seus pesos.
Eles não lhe permitirão encontrar o outro. Viaje leve, leve, bem leve. Mas se leve...

sábado, 22 de outubro de 2011

Ultrasson


A mãozinha do meu filho...

Tempo


Estou com 35 semanas de gravidez e não vejo a hora de ver o rostinho do meu filho de pegar ele nos meus braços, de cheirar e dar todo o carinho que ele merece ter. Passo horas imaginando como ele é e com quem vai parecer...